Hoje, dia 25 de Abril de 2018, em Lisboa, descemos a Avenida da Liberdade de cravo vermelho na mão e lembramos como “a sede de uma espera só se estanca na torrente”. Não com os olhos postos no passado, mas com os olhos postos no futuro. Porque a Revolução não é para ficar lá atrás!
Convictos de que festejar o 25 de Abril e o processo revolucionário é recordar a atualidade das suas aspirações: a paz, o pão, a habitação, a saúde, a educação. Tudo dimensões da liberdade, de que tanta gente continua privada. Por isso, é preciso rejeitar o processo de “patrimonialização” em curso, que tenda a transformar o 25 de Abril numa data neutra.
As privações da humanidade, a pobreza e as desigualdades mostram-nos, à exaustão, que muitas das aspirações pelas quais o povo lutou (a liberdade, o direito à terra, a gestão coletiva da propriedade, o direito à habitação, a paz, os serviços públicos universais…) não foram concretizadas e estão longe de ser alcançadas.
A memória do 25 de Abril e do processo revolucionário lembra-nos que contra todas as probabilidades, é sempre possível mudar tudo. E não é pouco aquilo que temos para mudar, em Portugal e no Brasil, onde atualmente a democracia está de baixo de fogo cerrado.
Saudações libertárias a todos aqueles que, junto conosco, lutam do mesmo lado da luta!
Foto: Dia da Liberdade: Portugal comemora 44 anos da Revolução dos Cravos