Sem comemorações, neste primeiro de maio a única palavra a ser dita é: luta!

É chegado o primeiro de maio e com ele as tão importantes reflexões acerca dessa luta já tão antiga, mas nunca tão necessária.

Os tempos são nefastos, especialmente no Brasil. Após alguns anos desde a reforma trabalhista, Bolsonaro, Guedes e sua base parlamentar atuam contra os trabalhadores, usando toda a força do governo a favor do capital, e da exploração brutal de salários. Destruíram o Ministério do Trabalho, a fiscalização nos locais de trabalho, a CLT, a valorização do salário-mínimo, além de tantos outros direitos duramente conquistas.

Atualmente, são 116 milhões de brasileiros vivendo em condição de insegurança alimentar, 19 milhões com fome. Os números do desemprego que o IBGE apresenta são gigantescos. Os números que Bolsonaro apresenta para o primeiro de maio: 14,4 milhões de desempregados, 14,4%, recorde na série iniciada em 2012. A campanha contra os sindicatos é imensa, cortando o financiamento e a atuação nas negociações coletivas. A desastrosa política econômica neoliberal recessiva destrói o emprego, o trabalho e a renda, e a pobreza e a exclusão social crescem de forma assustadora.

Um mundo do trabalho devastado

Acreditamos que seja do consenso de todos que este primeiro de maio nos reserva apenas luta e nenhuma comemoração.

Especialmente no Rio Grande do Sul já somam quase 500 mil desempregados e 1,2 milhões de gaúchos e gaúchas subocupados. A precarização do trabalho é um projeto em pleno desenvolvimento e crescimento, onde milhões trabalham sem formalização e nenhuma proteção social: sem previdência, seguro-desemprego, férias, descanso semanal, auxílio-saúde, sem um salário-mínimo, sejam nas plataformas digitais ou nas ruas fazendo um comércio eventual.

Política anti-trabalhador

O RS tem vivido na pele a política cruel anti-trabalhador, bastante comum em governos psdbistas.

Os servidores públicos estão ao relento: o piso salarial não é reajustado e estão há anos sem qualquer reajuste salarial, em condições de trabalho precárias, além do desmonte constantes as nossas empresas estatais.

Por que o Dia do Trabalhador é comemorado em 01 de maio?

O 1º de Maio, como o conhecemos, está diretamente relacionado com os Estados Unidos. A data foi escolhida em homenagem ao esforço dos trabalhadores dos EUA, que, num sábado, 1º de maio de 1886, foram às ruas das maiores cidades do país para pedir a redução da carga horária.

No contexto da luta pelas oito horas de trabalho, Chicago foi como epicentro, nasce um movimento de trabalhadores muito significativo, com diversas manifestações e greves. Esse movimento foi brutalmente reprimido pela repressão policial, incluindo por polícias privadas dos patrões.

“Perante a violência sobre as greves de Chicago e a repressão da polícia foi marcado um encontro, que supostamente seria pacífico, numa das praças de Chicago (Haymarket) onde rebenta uma bomba. Morre um polícia, condenam oito homens, dos quais quatro são enforcados” – “os mártires de Chicago”, conta Alice Samara.

Na sequência da repressão policial nos Estados Unidos, as conferências socialistas de Paris, realizadas em 1889, “pensando quer nos mártires, quer nos combates que têm de ser feitos”, propõem a realização em 1890 da celebração do 1º de Maio, integrada na luta pelas oito horas de trabalho.

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