Neste abril de 2025, em que comemoramos os 51 anos da Revolução dos Cravos – Portugal, tivemos a oportunidade, em Porto Alegre/RS – Brasil, de debater, em três momentos diferentes, os aspectos inerentes à revolução. E, sobretudo, a forma como a vivência da mesma pode nos fortalecer nos embates que enfrentamos hoje no campo da democracia e dos ataques aos direitos individuais e sociais por toda parte.
Assistimos, estupefatos, ao ataque cotidiano e sistemático contra os imigrantes, quer seja nos Estados Unidos, quer seja na Europa e, inclusive, em Portugal.
Além dessa pauta, nos vemos, no espaço europeu, induzidos a aumentar os custos militares em detrimento de investimentos no campo dos direitos sociais (educação, saúde, previdência e assistência social).
Assistimos, anestesiados, ao genocídio do povo palestino em Gaza, e somos, sem dúvida, cúmplices da morte lenta deste povo ao não exigirmos sequer que lhes seja alcançado comida e água.
Assim, 51 anos depois, nesta Porto Alegre, ao sul do continente sul-americano, vivenciamos três momentos ricos em debate, que começaram na Palo Seco, onde resgatamos o 25 de abril em tempos de ameaça à democracia; seguido pelo debate e comemoração do 25 de abril na Casa Diógenes Oliveira e culminando no bate-papo com a jornalista Claudia Coutinho na Maria Lisboa.
Certamente, mais revigorados por estes encontros coletivos, seguiremos na senda dos sonhos e conquistas do 25 de abril.