Dia Internacional dos Direitos Humanos: mais necessário do que nunca

Foi em 10 de dezembro de 1948 que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU). Desde então, nesta data, celebramos o Dia Internacional dos Direitos Humanos. O qual deve ser um dia de reflexão e, sobretudo, para pensarmos formas de luta para erradicação da violência que se faz cada dia mais presente na nossa sociedade. Principalmente no cotidiano da população mais carente, com particular ênfase da população negra.

Aqui em Porto Alegre, neste dia, estamos particularmente de luto pelo assassinato bárbaro de João Alberto levado a cabo pelos seguranças do supermercado Carrefour. E agora, recentemente, pela morte da promotora legal popular na Vila Cruzeiro, Jane Beatriz Machado da Silva, companheira de tantas lutas pela causa feminista e parceira assídua da Themis, pela ação violenta da brigada militar do Estado.

Também neste dia, é importante destacarmos que a violação dos direitos humanos nestes tempos de pandemia passa pelo fosso de classes, pela pobreza extrema e, sobretudo, pela ausência de políticas publicas na área da saúde e da assistência social. Não podemos também deixar de registrar como uma violação dos direitos humanos a forma leviana e irresponsável como o Governo Federal trata a pandemia causada pelo novo coronavírus. Bem como, a insensibilidade e a falta de solidariedade para com os familiares dos milhares de vitimas da Covid-19.

Neste 10 de dezembro de 2020, em matéria de respeito aos Direitos Humanos, infelizmente, nada a comemorar, tudo a denunciar e muito a organizar na defesa intransigente desta pauta de ontem e, mais do que nunca, de hoje.

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