A subsecretária da Perícia Médica Federal da Previdência Social, Karina Braido Santurbano de Teive e Argolo, e mais 120 chefes regionais em todo o país entregaram seus cargos nesta semana. Segundo Francisco Cardoso, presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos (AMNP), a decisão foi comunicada à entidade, com a justificativa de ter sido tomada em razão das interferências técnicas que vinham sofrendo do secretário de Previdência, Narlon Gutierre Nogueira.
De acordo com ele, os servidores não pediram exoneração, apenas deixaram os cargos de chefia e “voltaram para a linha de frente”, como peritos médicos da secretaria. Outro motivo que teria levado ao abandono coletivo dos cargos foi o anúncio de reabertura das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para o dia 24 de agosto, quando a perícia médica voltaria a funcionar de forma presencial. Desde que as agências foram fechadas, em razão da pandemia, as perícias foram suspensas, e os benefícios por incapacidade têm sido concedidos de forma provisória por meio do envio de atestado médico pelo aplicativo do Meu INSS.
Outra queixa comum entre a categoria é a falta de estrutura nas agências do INSS, que se torna um problema ainda mais grave durante a pandemia. Antes do fechamento das unidades, houve também denúncias dos servidores relacionadas à falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como álcool gel, máscaras e luvas.
Procurada, a Secretaria de Previdência informou que desde a decisão de suspender o atendimento presencial nas agências, vem trabalhando com o INSS e a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho para que o atendimento remoto seja efetivo, possibilitando o acesso aos benefícios ao maior número possível de segurados.
Fonte: Extra Globo