Por Marilinda Marques Fernandes
Para marcar os 51 anos da Revolução dos Cravos, esta semana será de memória, de resistência, de música e de poesia, com a presença especial, entre outras, de Marilinda Marques Fernandes, portuguesa, cidadã honorária de Porto Alegre, que viveu intensamente os acontecimentos de 1974 em Coimbra, quando era estudante de Direito e militante contra a ditadura de Salazar.
A programação começa na quinta-feira, 24 de abril, às 21h, na Palo Seco, com o resgate histórico desse acontecimento no atual cenário de erosão da democracia no Brasil e no mundo. O evento contará com falas e fados tocados e cantados pelo grupo Alma Lusitana.
Na sexta-feira, 25 de abril, o convite é para um encontro pleno de memória viva: às 18h30, na Casa Diógenes Oliveira, na Rua Lopo Gonçalves, 495, Marilinda estará “na mesa” para compartilhar suas vivências da Revolução dos Cravos e do período em que atuou na consolidação da independência da Guiné-Bissau, onde conheceu e conviveu com muitos dos exilados políticos brasileiros que então lá viviam, entre eles Diógenes Oliveira. O evento também contará com apresentação de Candombe e jantar português.
Encerrando a programação, no sábado, 26 de abril, às 18h, a Maria Lisboa recebe um bate-papo especial sobre o 25 de Abril, com Marilinda Marques Fernandes e a jornalista Claudia Coutinho, que fará uma leitura da poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen. Um momento para recordar, aprender, debater e seguir lutando pela democracia. Com entrada gratuita e vagas limitadas.
Em suma, três dias para lembrar que a democracia nunca está plenamente conquistada. Há que andar sempre para a frente, rumo a um mundo realmente justo, diverso e igualitário.